Na última quinta-feira, dia 03 de outubro, comemoramos o dia do Poeta.
Esse projeto integra a programação de atividades desenvolvidas para a Biblioteca CEEJA, pela professora Eloísa Gonçalves Lopes, readaptada, responsável pela Biblioteca.
O objetivo da atividade foi dar aos alunos a oportunidade de mostrar seus talentos com a poesia e, por conseguinte, mostrar a importância dos poetas abordados, na literatura brasileira.
Contamos ainda com a parceria direta das áreas de Português, Arte e Ciências e com o apoio das demais disciplinas e Coordenação Pedagógica.
Um aspecto importante do projeto foi o envolvimento de alunos e professores na criação de seus poemas, que também foram recitados aos presentes.
Foi dado enfoque aos poetas comemorados neste mês, a saber: centenário de Vinícius de Moraes e aniversário de Carlos Drummond de Andrade, dos quais foram escolhidos alguns poemas e respectivas biografias, para exposição em murais localizados no pátio da escola. Durante os períodos vespertino e noturno houve apresentação de documentários referentes aos dois poetas, projetados no telão da escola.
À noite, após uma roda de conversa sobre os homenageados e a importância da criação literária, com ênfase no tema poeta/poesia, a surpresa ficou por conta da declamação de textos poéticos nas salas de aula e em todos os outros recintos da escola.
A atividade foi muito elogiada por alunos, professores e direção da escola.
Alguns poemas de alunos e professores em destaque
Você
Luciana Silva Scomparim (aluna)
Você, que tira meu sono,
Teve de mim o abandono,
Você...que tanto fiz sofrer
E quase fiz morrer
Você...que jamais esqueço
E por quem esmoreço
Ah, você! Quanta doçura, quanto carinho,
Quantos beijos e quanto amorzinho.
Você...quantas vezes fiz chorar,
E nada fiz para salvar...
Valeu, antigo amor meu...
Hoje, quem chora sou eu.
Você...ah, você!
O tempo? Ah, o tempo! Ele não perdoa
Ele apenas magoa.
Se voltasse, com certeza, eu iria amar.
E com você sempre ficar.
Você...ah, você!
"Redondilhando"
Dom Quixote ( professor)
Bendito desenhador,
Que viaja no universo!
Imprime a alegria e a dor,
Seus sentimentos imersos.
Desenha belas estrelas,
Deste esplendoroso céu,
E no esboço sente vê-las,
Tingir de azul o papel.
Na prancheta faz as matas,
Maravilhoso matiz,
Com destreza aí retrata,
A natureza feliz.
Contorna do rio o leito,
Mão firme sobre o papel,
Como o verso sem defeito,
Desliza suave o pincel.
De uma cachoeira a queda,
Consegue representar,
Seu traço preciso e certo,
E o som do batebumbar.
O que lhe resta, poeta,
Inapto desenhador,
É sua palavra certa,
Para imprimir sua dor.
Nas palavras os mistérios,
Nos versos a redondilha,
Um espaço livre e etéreo,
Que se chama poesia.
Se for amor
Eloísa Lopes (professora)
Melhor será se for amor.
Se não o for, que seja bom.
Que seja o bem.
E vai durar.
Melhor também se houver flor.
E seu perfume lembre o tom,
o toque, o baque, o calor;
se o sentimento eclodir.
Melhor ainda se houver sol.
E raios quentes de ilusão.
E à noite, um luar sem fim
alentará os corações.
Então a vida se dará.
E a natureza, sem revés,
trará sementes de paixão
que plantaremos entre nós.
Seremos flor.
Seremos sol.
Paixão, amor.
Bem melhor será.